terça-feira, 27 de novembro de 2007

Gente pequena

Essa “gente pequena”
Que aparece e manda
Que aparece e fica
Que aparece e cresce
Nunca deveria fazer parte de nossas vidas!

Elas nos fazem mal
A gente vicia nelas!
Elas viciam na gente!
E a coisa toda se torna
Um tormento, um caos...

É tormento porque não tem solução
Se você não convive
Se não conhece
Perde...
Não sabe como é!!!

Se você convive
Se você deixa chegar e tomar conta
Perde também...
Porque uma hora, elas vão embora
Crescem,
E seguem seus caminhos,
E a gente perde, demais
E sente, e sofre, e pena...
Porque ama, viciou em amá-las
E como nunca sabe perder...

Aprendeu a sugar delas o que elas têm de melhor:
A simplicidade,
A virtude da crença,
A verdade da brincadeira,
A sutileza da borboleta,
E a ternura da flor,

Mas outras pessoas pequenas virão,
Não que elas possam substituir...
Mas preenchem o espaço gigantesco
Que essas “pequenas pessoas” deixarão em nós.

É uma pena que cresçam
É uma pena que tenham que seguir seus caminhos
É uma pena que nos abandonem
É uma pena que apareçam outras
É uma pena...
É uma pena...

Nota

To meio eco, ultimamente!!!
Nem sou!!!
Não sei o que que tá acontecendo!
To precisando dar uma geral no lote que tá começando a ser tomado pelo mato e não to afim!!!
Deixa Deus fazer o que quiser...
Ele pode!
Mas passa...
Ah se passa!
As plantinhas que me aguardem!

O homem e o mar

Um dia o homem viu o mar!
“-Ele simplesmente encanta!”, disse o homem
E o mar sequer ouviu
Fazia barulho com suas ondas

E o homem se atreveu a entrar no mar
E o mar era muito mais que aquilo que parecia do lado de fora
Era força, indomável, era desafio
E o mar sequer tomou conhecimento
Se perdia em sua enormidade

E o homem achou que podia demais
E o mar matou o jovem, a mulher, o filho e o velho
Mas o mar, nem ao menos se emocionou com isso.
Se fosse se incomodar com cada grão de areia,
Jamais seria gigante, como gigante só pode ser o mar

Só que o homem é corajoso, volta e aprende com os erros
Mas erra, errar é humano
E o mar, humpf...
Tá nem aí...
É soberano, senhor do tempo e das águas.

E o homem começou a querer dominar o mar,
Já que tinha dominado a terra
Queria expandir seus domínios
E o mar nem deu bolas
E venceu de novo, como vencem todas as suas batalhas,
os fortes...

Hoje o homem despreza o mar
Despeja tudo o que não deseja por lá, lixo, petróleo, esgoto, etc...
E o mar...
O mar sente
E sofre
E pena
E fica judiado
Mas é o mar.
Grande, como só o mar pode ser
E resiste...
Como só o mar pode resistir, dentro de toda a sua grandiosidade

Até quando???

Diminuto

Meu mundo pequeno
De alegrias simples
De coisinhas
De cabeça vazia
De besteiras
De sonhos limitados
De pessoas comuns
De emoções banais
De corações bregas
De razões sem pé ou cabeça
De quase nada
Mas de muita vida, vivida, sentida, sofrida e amada.

Saudade...

Porque que tem dias que o coração simplesmente "chora" de saudade???
Saudade do que se foi e que a esperança teima em tentar trazer de volta...
Putz...
Dói em você? Ou dói só em mim?
Dói, de um jeito assim, tão doído!
Tão sofrido!
Tão... tão... tão saudade, sabe!!!
Acho que remédio até teria,
mas daí não seria mais saudade,
seria paixão,
porque se a gente tivesse, de novo,
tudo aquilo que a gente já perdeu,
certamente a gente se entregaria mais,
amaria mais, tudo o que pudesse mais,
e mais, e mais um pouco...

Mas, se é saudade
não é à toa,
porque se fosse fácil assim
de trazer de volta,
ao invés de sofrer,
a gente ia lá e trazia.

Peito falta arrebentar de uma coisa estranha,
que parece querer explodir,
mas que ao mesmo tempo aperta,
comprime e parece que vai fazer a gente sucumbir,
emborcando e desaparecendo
dentro de nós mesmos.

A cabeça viaja,
some e se perde em pensamentos e memórias,
de lembranças felizes que não voltam mais
e aí, só resta deixar o tempo passar,
pra ver se passa...
...
Dói saudade, dói...
...
Vai doendo...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Amor...

Se eu dissesse todos os dias, um milhão de vezes que eu te amo, por todo o resto da minha vida, ainda seria pouco!

Imortal

Se um dia eu sumir,
Não me procure nas sombras,
Eu não vou estar lá,
Nunca estive,
Não faz meu gênero...

Se um dia eu desaparecer,
Não me procure em lugares tristes e vazios,
Aqueles que eu não freqüentava,
Certamente, por lá, eu também não estarei.

Se um dia eu faltar,
Me procure nas suas lembranças,
Nos seus sonhos realizados,
Nas suas alegrias
Eu devo estar por lá,
Em algum lugar,
Pelo menos era esse meu sonho realizado
De todos os dias de nossa companhia

Se um dia eu não estiver mais aqui,
Olhe pra dentro de você e sorria,
Sorria como você sorria
Quando a gente resolvia fazer as coisas que só a gente fazia juntos.
Eu quero estar lá.
Serei feliz, onde quer que eu esteja, se você fizer isso.

Se um dia
A saudade doer e o coração apertar,
Olhe pras estrelas,
Vou fazer de tudo pra estar por lá,
Entre elas, brilhando
Como brilhávamos em nossas vidas conjuntas e felizes

Mas se um dia
A falta te fizer triste,
Então me esqueça,
Não foi lá que eu me fiz presente
E não vai ser por lá que eu vou querer aparecer.
Não faz meu gênero, eu já disse.

Pode ser difícil, eu sei,
mas tente, será melhor pra nós dois.

Um dia,
Assim como todos os seres viventes,
Eu vou sumir, e quando isso acontecer,
Lembre-se sempre do que eu te disse aqui,
Seja feliz e viva,
Como se eu vivesse dentro de você,
Porque é por lá que eu vou estar daí em diante,
Até que um dia nos reencontraremos,
No coração de alguém...

sábado, 24 de novembro de 2007

Saudade

Felicidade se faz de poucas coisas, sentimos falta dessas pequenas coisas quando elas se tornam grandes demais dentro de nossos corações, à isso chamamos saudade!

MATA

Hoje me matas
Violentamente
Com este machado.

Mas,
Amanhã,
das minhas flores
Te farão uma coroa,
Do meu caule,
Tua urna mortuária.

Aí sim,
Irás ao encontro
Da minha raiz.

Eu te esperarei lá embaixo.

Selmo Vasconcelos

Achei legal e interessante!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Pessoas e cabelos

Pessoas e cabelos passam por nossas vidas,
Elas vêm,
Eles vão, e vice versa.
Cabelos estão pregados na sua cabeça,
Assim como algumas pessoas...
São importantes pra você, os dois.
Estão lá todos os dias,
Você não vê o tempo todo, mas sabe que estão lá
Em alguns momentos trazem consigo redemoinhos, reviravoltas, se rebelam,
Em outros são comportados, limpos vívidos e nos enchem de orgulho
Independente de como sejam, são importantes,
Deveriam ficar com a gente pra sempre.
Porém pessoas e cabelos são assim...
Dão reviravoltas em nossas existências e depois despencam

Alguns são distantes
Você nem ao menos se lembra direito deles,
Ficam ali por traz e não se mostram muito
Daí você não cuida muito bem deles
Quando em vez, acha que um condicionadorzinho basta
Para aqueles, que sobram apenas migalhas de afagos
Só que cabelos e pessoas maltratadas e desvalorizadas, enfraquecem e caem...
Puxa, como fazem falta...

Mas, a gente se acostuma,
A gente se penteia de outra forma,
Fazer o que, uma hora cresce de novo,
É só ter paciência.
Pode não ser do mesmo jeito que antes,
Pode não satisfazer os mesmos gostos e as mesmas vontades,
Pode não ter os mesmos redemoinhos...

Outros, são parte da nossa personalidade,
Compõem a comissão de frente
Mas nunca podemos acreditar que não cairão.
Dão o charme ao penteado, dão brilho e volume à vida,
Mas chega uma hora que se atiram ao mundo.
E é aí que nós ficamos com a aparência mais acabada,
Ficamos mais velhos, mais ralos, mais sofridos e vazios.

Quem dera fossem eternos, os cabelos, e alguns amigos...

Cajamangas

Eu, a Ranny e o Túlio (eu até acho que tinha mais alguém, mas não me lembro quem! Desculpem!) resolvemos que todas as nossas "internas" de agora em diante, serão chamadas de cajamangas.
O problema é o seguinte: as pessoas não entendem as cajamangas e, com razão, ficam magoadas e confusas quando acontecem as tais "internas".
Daí, pra evitamos desconfortos diversos, fica estabelecido que as internas se chamarão cajamangas.
Não espalhem muito, por favor, senão daqui a pouco as pessoas ficarão iradas e indignadas com as pobres cajamangas.
Pra que as coisas ficassem ainda piores, eu e o Túlio resolvemos que nossas internas de agora em diante serão em outras línguas. Isso ocorreu porque começamos um papo e a Ranny ficou perdida por causa de um termo em Inglês. Saiu correndo e foi buscar um dicionário enquanto a gente continuava o papo inútil. Quando voltou, achando que solucionaria o enigma cajamangástico, nós simplesmente mudamos para o Español. Daí ela desistiu. Então vai aqui outra dica importante para que sua vida em conjunto com adolescentes avoados e malucos seja mais fácil e tranquila: aprenda línguas e consuma cajamangas.
"-Be cajamango!" and
"-Buena Suerte!"
"-Arrivedercci!"
Não entendeu???
Cajamanga pra vc!!!

Dias

Manhãs de obrigações...
Tardes de ócio...
Noites de angústias...

Manhãs de tempo eternamente lento...
Tardes ligeiras...
Noites de angústias...

Manhãs de papos bons e agradáveis...
Tardes ocupadas...
Noites de angústias...

Manhãs de saudades...
Tardes de atividades forçadas...
Noites de trabalhos e angústias...

Manhãs felizes...
Tardes de carinho e afeto...
Noites gigantes e angustiantes...

E todo dia o sol levanta e a gente canta o sol de todo dia...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Pense e tente!!!

Ai a Ranny falou que eu to ficando doido!!!
Que eu fico instigando as pessoas a acreditarem naquilo que elas desejam, e que digo pra que elas dêem um jeito de ir à luta, pra conseguir, porque só vale a pena se você tiver tentado...
Puxa vida!
Eu doido???
Só por causa disso???
Vocês realmente acham???
Quando eu fiz o texto, tava contando com a idéia de que as pessoas têm, antes de mais nada, bom senso pra poderem resolver o quê se pode tentar e o quê não se deve tentar. Afinal, as nossas atitudes devem ser, antes de mais nada, calculadas, nós somos o único animal capaz disso na face da terra, ou pelo menos deveríamos ser.
Porque também, não adianta nada achar que faz as coisas e não tem que pagar pelas atitudes, ou que elas não possam se tornar verdadeiros problemas daí em diante.
Mas, como quem avisa amigo é, to eu aqui de novo, acreditando no conselho de amiga da Ranny e dando pra você, um outro conselho, de amigo (só espero que não atrasado!!!) Não vá, pelo amor de Deus, sair dando tiros pra todos os lados, à todo instante em sua vida de agora em diante não, hein!!!
Há atitudes que tomamos, que podem influenciar e muito, a vida das outras pessoas que estão à nossa volta e, óbvio, até mesmo às nossas. Portanto cuidado.
Juninho sempre quis parar um ônibus no peito e na raça, sempre, desde pequeno, Juninho tinha certeza que pararia um ônibus assim, de forma bastante extravagante para seu porte (tinha 1,32 mts e 34 Kgs). Daí um dia, perdido pela net, Juninho leu o texto do blog e resolveu que tinha que ser feliz, assim como o Émerson dizia, e ele resolveu tentar. Foi para a beira do asfalto, tirou sua camiseta do Roriz, deu uma cusparada por entre seus dois únicos dentes, inflou o peito e se arremessou com todas as suas forças no primeiro "busão" que passava.
Parou mesmo, na verdade parou o trânsito inteiro. Foi um congestionamento louco, bem na hora do rush, até que o rabecão conseguisse retirar o que sobrou dele de debaixo do lençol, no meio da rua, em Samambaia.
Hoje, Juninho jaz feliz, dentro de uma geladeira do IML.
A família já tentou reconhecê-lo umas 8 vezes, mas devido ao sorriso esparramado que o mesmo demonstra, é difícil identificá-lo, afinal, de seus dois únicos dentes, um está cravado no cérebro e o outro se misturou ao dedo anular do pé esquerdo de Juninho.
Pense mais!!!
Execute mais!!!
Cuidado, mas...
Não deixe de tentar!!!
Ops...
Não deixe de pensar!!!
Ps: Eu, doido, só por causa disso?!?!?
Viajou!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Se...

Se você não estudasse na Católica, você conheceria as pessoas que conhece?
Se você não conhecesse as pessoas que conhece, seria como é?
Se você não fosse como é, você seria como?
Se você não fosse cheio de dúvidas e “problemático” como acha que é, estaria fazendo teatro???
Se você não fizesse teatro, você me conheceria tal como conhece?
Se você não me conhecesse, estaria lendo isso aqui???

Mas e se...
Tá, chega de “se”!!!
Porque senão de tanto “se” vai acabar nascendo um pé de “quase” e daí, o que teríamos nas mãos???

Um dia o homem riu da possibilidade de que um dia colocaria uma máquina pra se movimentar a mais de 40 kms por hora. Hoje, isso soa ridículo!
Alguém também disse: não adiantaria nada, pois se isso fosse possível, a carne do corpo da pessoa seria arrancada de seus ossos, de tão forte que seria a força da inércia. Hilário!!!
Pra nós que conseguimos perceber que isso não é real.
Mas também, só sabemos porque tentamos.

Um dia o homem chegou à lua, porque alguém pensou que isso seria possível desde que eles fizessem assim ,assado, desse ou daquele jeito.
E se o homem não tivesse tentado?
Quem acredita naquela história de “se Maomé não vai a montanha, a montanha vem à Maomé”.
Se...
Olha só o “se” aí de novo...

E se o homem nunca tivesse dominado o fogo?
Estaríamos melhores hoje?
Em pior situação?
E se Jonh Kennedy não tivesse morrido?
E se Elvis Presley não tivesse nascido?
E se...
E se...
E se???

Existem “se’s” em nossas vidas que são mais palpáveis, eles realmente podem nos influenciar, porém há uma verdade absoluta e indiscutível na história dos “se’s”: ela só é possível pra quem tenta...
Se você não tenta, como vai saber se é o melhor???

Se o Lucas, ou a Lia, ou o Leo, ou quem quer que seja, jamais tivessem entrado no teatro, como eles seriam hoje?

Ninguém sabe...
Sabe por quê?
Porque eles tentaram!
E certamente são melhores que seriam se não tivessem entrado.
Disso eu tenho certeza absoluta!!!

Ao invés de “se”, o melhor remédio é agir...

Certamente os “se’s” do Lucas, da Lia e do Leo, são menos influenciantes na vida deles, em relação ao teatro, que seria se fosse ao contrário, afinal eles tentaram.
E se fosse pior, foda-se, foi melhor e isso é definitivo!
O que tem que ficar de concreto é que a tentativa, mesmo que resulte em erro, tem mais valor que a isenção.
Se a gente não tivesse batido de frente com o texto da máquina, a gente teria feito apenas mais uma pecinha de teatro de final de ano na escola...
Mas não!!!
Nos superamos!!!
Todos!!!

Se não tivéssemos apostado tanto tempo, gasto tanto “miolo” (pensamento), paciência, se não tivéssemos tentado tanto, teríamos conseguido mostrar, pra nós mesmos, do que somos capazes???
A Máquina é um marco, eu sei, quebra barreiras e recordes do grupo, então vamos pro “Adocica”, que foi fiasco no que se refere à aceitação do público.
Deu trabalho, é inovador, é interessante, supera o Premonimento em um monte de coisas que nem compensa listar, mas e aí?
É fiasco de público, eu sei, já disse!!!
Mas está pronto!!!
E pra nós que fizemos, representa “superação”, já basta!
Fim de papo!

Mas e aí?
Vai tentar ou vai ficar no mundo do “se”, que vai gerar “quase’s” interessantíssimos de “possibilidades jamais concretizadas” de coisas que você jamais saberá se existiriam, à menos que você tentasse???
Então, se você resolver questionar, tente!!!
Não possibilite à mente que ela trabalhe demais os se’s, eles serão todos irreais e abstratos até que sejam concretos
E se a verdade do “fiz” te fizer sofrer mais que a “possibilidade do quase”, que fique a idéia do “tentei” e assim “fiz valer a pena”.
O sofrimento será absoluto, mas não tão relativo e infinito, quanto o das possibilidades perdidas, que também existe e que pode ser mais cruel que o da certeza.
Entendeu?
Nem eu...
Mas, pense nisso, tente!!!

sábado, 17 de novembro de 2007

Casamento da Lívia

E o casório da Lívia???
Como vai ser???
Imaginem comigo, se vocês conseguirem:

A cerimônia se inicia, convidados vestidos à caráter (se vocês ainda não viram no convite, todos devem estar vestindo roupas de montagens de peças de Willian Shakespeare). Alguns convidados com caveiras à mão, bradam pela Igreja:
“-Ser ou não ser, eis a questão!!!”
Daí entram os pais do noivo e da noiva.
O pai da Lívia, com sua tanguinha de Tarzan pós moderno, entra com a mãe do Marcelo, estando esta, com roupa tradicional mesmo (a Lívia esqueceu de avisar o Marcelo sobre as novidades da cerimônia).
A família do noivo acha tudo um tanto quanto esquisito, mas não saem correndo, afinal conhecem a Lívia!!!
Entra a mãe da Lívia com trajes de Julieta, bradando desesperada por seu Romeu, que não aparecerá na cerimônia graças ao momento cênico que já trata de um Romeu morto, depois da tentativa de suicídio frustrada de Julieta.
Os padrinhos entram vestidos com roupas de oncinha, fazendo uma coreografia embaixo de efeitos sonoros amazônicos, com performances de contorcionismo e com alguns deles, cuspindo fogo (não que eles estejam achando ruim não, é fogo mesmo, cênico!).
Daí chega o momento da entrada do noivo: o pobre do Marcelo, sem estar muito inteirado das coisas, entra com um fraque rosa (o Marcelo é estranho assim naturalmente mesmo, fiquem tranqüilos!), estranhando tudo e todos. Ele se dirige devagar até o altar, até o momento em que são soltos os Leões de Neméia, (alguns animais selvagens de um circo pobre, foram alugados e estão à disposição), dali em diante o pobre Marcelo se dirige desesperadamente para o altar, com os três leões magros e famintos na sua cola, até o padre, que o aguarda com dois fuzis AR 15, para o caso do padrinho, um domador de terceira categoria, não conseguir segurar os bichanos.
Resolvidos os problemas dos Leões (um morto, um ferido e outro desaparecido em Tagua Norte), chega finalmente o momento da entrada da noiva!!!

As duas crianças que serviriam de pajem e dama de honra, vestidos em uma fantasia de cavalo com uma vela pregada na testa, imitando um Unicórnio, entram, meio atabalhoadas, ouve-se choro e brigas vindo de dentro da fantasia enquanto a mãe da Lívia pergunta pra Patrícia (Você costurou bem essas duas partes dessa fantasia???) mas mesmo assim elas conseguem se dirigir ao altar.
Daí vem a noiva:
Vestida de rainha da Selva (pra combinar com os padrinhos), Lívia vem do fundo da Igreja até o altar sem tocar os pés no chão, utilizando-se de cabos e cipós trazidos diretamente das matas sombrias do Jalapão, tudo isso ao som de Bandolins de Osvaldo Montenegro (Como fosse um par que nessa valsa triste...), com os cabelos desgrenhados e despenteados, arrastando uma Sucuri de 9 metros, amarrada ao pescoço (como se fosse um véu).
Chegando ao altar, a Larissa e a Nath já estavam avisadas de colocarem as máquinas de fumaça pra ferver...
O padre fala na Língua Maya, sobre as dificuldades do casamento e se utiliza de partes do texto do Apocalypto...
Na hora das alianças, todos procuram atabalhoadamente pelos anéis dourados. Entra então um sujeito vestido de Mago Merlin, com fumaça branca, aparecido do nada, bem no meio dos convidados e diz:
“-Aquele que procurar sobre o único corno do animal encantado, encontrará!!!”
Todos olham pro Marcelo e ele já diz logo: “- Deve ser o unicórnio!!!”
E é justamente lá que eles encontram. (Ufa!!!)
Para colocar as alianças no dedo, a Lívia faz uma acrobacia em tecido, enquanto todos olham desesperados a desenvoltura e a leveza de uma jaca que se atira do despenhadeiro com que a mesma é desenvolvida.
Toda queimada, machucada e dolorida, ela coloca a aliança no dedo do Marcelo mas pede para que o mesmo não coloque nela, afinal a mesma quebrou o dedo durante a performance circense.
Quando do final, no momento do beijo, Marcelo, ao ver entrando uma turba de homens, vestidos como Johnny Deep, em a Fantástica Fábrica de chocolate, todos cantando “Oompa, Lumpa, dumpa de doo” (sei lá se escreve assim essa merda...) apela e dá um belíssimo e sonoro berro, que coincide com o início da queda de bolinhas de sabão do teto. Todos atônitos ainda vêem as luzes se apagarem por alguns pouquíssimos segundos, enquanto o Kinho toma o lugar do Marcelo e ainda diz:
“- E no futuro, vai ser assim, tu pedindo e eu inventando, tu inventando e eu pedindo...”

Virgem Maria, ninguém merece...
E eu achando que era só eu que sofria com as loucuras da Lívia...

Desculpem qualquer brincadeira, todas são sementes de loucura que, quando em vez ,eu tenho que atirar pra fora dessa cabeça maluca, pra não pirar de vez!
Espero que entendam!!!

Parabéns pra vocês!!!
Que vocês sejam muito felizes!!!
Que venha o casório!!!

E que no próximo casamento, vocês marquem uma data que não coincida com a porcaria da colação de grau da escola!

Depois a gente entra em contato pra resolvermos como será a história da Lua de mel, mas esse será um capítulo à parte!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Pronomes, adjetivos, gerúndios e advérbios

Eu só...
Ela vazia...

Eu jogado...
Ela perdida...

Eu carente...
Ela carente...

Eu à caça!
Ela atenta!

Eu galã!
Ela donzela!

Eu encantado!
Ela difícil!

Eu apaixonado!!!
Ela derretida!!!

Eu,
Ela,
Ela,
Eu,
Nós!
Nós?
Nós...

Eu arriado...
Ela amada...
Eu amando...
Ela arriada...
Eu avoado...
Ela amando...
Eu amado...
Ela perdida...
Eu incomodado...
Ela cansada...

Eu.
Eu!

Ela.
Ela!

Ele!

Ele???

Eu nervoso!!!
Ela amando...
Eu irado!!!
Ela amando...
Eu perdido...
Ela amada!!!
Eu destruído...
Ela infeliz...
Eu arrasado...
Ela perdida...
Eu fracassado.
Ela fraquejando.

Eu ...
Ela ...
Ele ...

Ele, ela...

Eu.

Ele amado!
Ela amada!
Eu sofrido...

Ele violento!!!
Ela machucada!!!
Eu machucado!!!

Ele preso!
Ela carente...
Eu difícil!

Ele preso!
Ela descrente...
Eu carente...

Eu perdoando...
Ela perdoada...
Eu carente...
Ela carente...

Nós...

Ele solto!
Eu desesperado!!!
Ela sem rumo...
Eu desatinado!!!
Ele vagando...
Ela desalentada...
Eu descabrunhado...

Ele amando!
Ela irada!
Eu feliz!
Eu divertido!
Ela perdida!
Ele amando!
Ela carente...
Eu feliz!!!
Ele casado!!!
Eu mais feliz!!!
Ela triste...
Ela disfarçando...
Eu desanimado...
Ela distante...
Eu vazio...

Ela recuperando.
Eu ajudando!
Ela esquecendo...
Eu aparecendo!!!
Ela feliz!
Eu feliz!
Ela,
Eu,
Nós!

Ela recuperada
Ele distante
Eu, eternamente feliz!!!
Ela, eternamente feliz!!!
Talvez...

Anjos

Dizem por aí, que estamos rodeados de anjos, durante todo o tempo de nossa vida.
Quem pode acreditar em algo assim?
Tão subjetivo, tão surreal?
Da simplicidade da vida racional, surgem situações de dúvidas que nos colocam em verdadeiras encruzilhadas.
E daí, a necessidade, mesmo que imperceptível, do sobrenatural.
Que se faz presente nas entrelinhas e nas leituras mal resolvidas da vida!
Que aparece, impressionantemente despercebido, nos instantes mais cruéis!
Mas que ilumina, que dita o rumo, que dá sentido à tudo.
Tem horas que as paixões, angústias e ansiedades
se tornam mais intensas,
mais verdadeiras e mais incompreendidas.
Porém, quando a saudade aperta,
quando a cabeça se abala,
quando a poesia escapa
e a solidão pesa,
eu me lembro e percebo os meus anjos.
Tão presentes, tão fiéis e tão importantes, sempre.
Recordo, com paixão ardente, aqueles que estão próximos,
daqueles distantes, com melancolia,
daqueles de luz, com gratidão,
daqueles de trevas, com dó e dor...
E me encharco de saudades de todos eles...
Transbordo, sofro, peno, mas me deixo levar por lembranças, tão vivas e reais.
Que pena que alguns precisam perseguir outros caminhos...
Que sorte que minha vida é repleta deles...
Que pena que vou perdê-los aos poucos, todos eles...
Que sorte que outros virão...
Será que virão mesmo???
Dizem por aí, que estamos rodeados de anjos, durante todo o tempo de nossa vida...
Quem pode acreditar em algo assim?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Acasos

Você já pensou no tanto que a vida da gente tem acasos???
Já pensou, que por acaso, amanhã sua mãe não acorda mais, ou seu pai sai e não volta?
Humpf...
Não !?!?

Deixa eu melhorar isso:
Já pensou que amanhã, quando você sair pra ir na padaria você pode encontrar no chão da rua um bilhete da mega sena, e em um acaso do destino, resolver se abaixar (quem cata coisas na rua?) e, por mais incrível que pareça, ir até a lotérica conferir e descobrir que é o mais novo megalionário do país???

Bem, sem querer te empolgar demais, mas também sem ser muito duro e realista, é mais fácil acontecer o que eu coloquei no início do texto que propriamente você ficar rico de uma hora pra outra.
Mas...
Fazer o que???
Nada é perfeito!!!
Nem meus textos, nem a vida...

Daí então, voltando ao assunto, você já pensou que o acaso define nossas vidas???
Eu conheci a Yanne arrastando mochila e lancheira lá na Católica quando eu estava lá pela 8ª série e ela lá pela 4ª.
E você acha que eu olhava pra ela como???
Com cara de tarado, pedófilo?
Nunca nem tive isso...
Graças a Deus...

Mas daí, por acaso, saí com meu irmão, a namorada dele e uma amiga...
Que, por acaso, era a Yanne...
Que coisa ???
E o acaso se fez destino, e o destino se fez vida ...

Um dia, eu, cansado de fazer vestibular pra tudo, me lembrei que, por acaso, eu era feliz na escola, e por acaso, minha mãe me entregou na mão um papel que falava sobre a Faculdade de Artes e, por acaso eu resolvi fazer
Daí um dia, e por acaso eu fui contratado pra trabalhar na escola onde eu era feliz, e assim, por acaso eu conheço, convivo e amo todos vocês e continuo tão feliz.
Não é uma coisa!?!?
Não, são os acasos...

Em um dia de “nada pra fazer”, daqueles que você se entedia com tudo mas não abre mão da idéia de que eles não vão te derrotar, eu fui ao cinema com a Yanne, depois de um tempão sem ir, e, olha só, acredite, assisti, a porcaria do Premonição 3.
Que merda!
Que porcaria de filme maldito e sem noção!
Que filme mais jeca, sem rumo e sem sentido!
Mas, por acaso, saindo do Park Shopping, me veio a idéia de fazer o Premonimento, e quando eu cheguei em casa ele já tava 90% na minha cabeça.
Não parece uma piada???
Fala sério!!!

Daí, depois de muito cansar, de muito bater cabeça, de muito reclamar da vida, a gente percebeu que tinha que fazer uns ensaios pra peça de final de ano, bem no feriado de Finados...
Ensaiamos aquela coisa “xoxa”, e sem graça (que são as peças de teatro quando elas estão em produção) e fomos almoçar, em um dia frio e chuvoso, lá no “Nu céu”.
Na volta, por acaso, sabe Deus que luz, buzina ou conversa, me deram a idéia da trocar o Túlio de lugar com o Kinho, no finalzinho da peça.
E não é que foi a peça que tava faltando pro quebra cabeça!?!
Simplesmente maravilhoso sumir com o Túlio e aparecer com o Kinho em tão pouco tempo.
Senão genial (exagero), certamente surpreendente!!!
E como funcionou bem...
E como surpreende!!!
É justo ali que eu digo que me arrepio todo.
Pra mim, tudo bem, não é surpresa.
O que me faz arrepiar é a coisa de eu ver o público demorar pra perceber e pra entender...
É o máximo...
Não, é o acaso...

Não que eu espere ver em todos os momentos simples da vida, um acaso que marca e define a existência, ou que acabe com todos os meus problemas em momentos tão sutis e simples, mas, não deixemos de dar a devida importância aos acasos da vida.

Viver é um grande e eterno aprendizado. O problema é que quando você está quase se formando nessa longa estrada, sua vida acaba, e você deita mas não mais acorda, ou você sai, e não mais volta.
Quem dera você tivesse a mesma certeza de encontrar o seu bilhete premiado, assim como tem da morte...
Mas fazer o que...
Por acaso eu preciso ir ali...
Se eu não voltar, pense nisso...
Se a gente acordar amanhã, a gente se fala mais...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Verdades

Quando eu fico calado com aquela cara de quem perdeu o último ônibus da noite, pode saber que as coisas não estão bem.
Sabe aquele instante em que você duvida se vai dar tudo certo ou se vai arruinar tudo de uma só vez?
Pois é assim mesmo que eu estava!
Putz...
Que inferno mental...

Daí vai passando um filme na sua cabeça, daquilo que você é, daquilo que você sonhou em ser um dia, daquilo que você representa, das expectativas criadas, de tudo.

Só da peça, de tudo que se esperava e que preocupava, já dava um filme, na verdade um "filmaço", um "super hiper mega longa metragem".
E a cabeça vai a mil, e você, tem um milhão de coisas pra falar, mas na verdade não quer falar é nada...

Daí vem as dúvidas, a responsabilidade, as paixões, os ódios, todos os sentimentos mais estranhos. A verdade é que você gostaria de acertar sempre, de agradar à todos, sempre, mas é difícil demais, tanto de lidar com isso, quanto é de se acostumar com a idéia, até porque, se nem mesmo o Filho de Deus, conseguiu agradar todo mundo, o que será de nós, meros mortais.

Pensamentos aparecem e voam
Eu podia ter me doado mais?
Eu podia ter escolhido melhor?
Eu podia ter exigido mais?
Eu podia tudo e não podia nada ao mesmo tempo...

A Lívia me jogou no fogo, de ponta.
Suicídio seria uma palavra apropriada ao que eu cometi quando aceitei essa proposta de texto. Um roteiro com 12 páginas pra peça de final de ano.
Que loucura!!!

Fora todas as viagens da Lívia, com rampas de luz, com escadas magníficas, com luzes perfeitas, com tudo aquilo que uma mente brilhante e esvoaçante como a dela podem e devem criar. E eu ali, de âncora, de chato, de retrógrado, de corta-barato, de tudo aquilo que eu jamais quis ser, mas sou, tenho que ser.

E haviam as escolhas, maluquices como colocar o coitado do Kinho, com um texto daquele tamanho, foi triste.
Dolorido, tanto pra ele quanto pra nós.
E o Lucas e a Aninha!?!?
Com um bom "tempinho" de teatro, varrendo rua, falando pouquíssimo, entrando numas de "ficar down" e tudo o mais.
E ainda tinha o Túlio, que preocupava, juntamente com a Ranny, por conta de uma tanto de coisas que nem vale ao menos pensar.

O pior, por incrível que pareça, era ter tanta gente em cena.
Nossa, ali estava o monstro!!!
Dar conta de reparar se cada um estaria no seu lugar, se atrapalharia em alguma coisa, se deveria estar de outra forma...
Que maluquice!!!
Que desatino!!!
Que stress!!!

Isso tudo sem falar no Leandro, que pagou o pato de muita coisa por muito tempo coitado, acho que até deve ter tomado raiva de mim como jamais teve de alguém na vida. Ele tem razão e eu tenho minhas cicatrizes, dói nos dois e um dia os corações se apaziguam.

As falhas do roteiro...
As cenas que não se encaixavam...
O clímax que não se resolvia...
E daí você entende que tudo, que todos esses problemas foram superados (não quer dizer que tenham sido resolvidos), que tudo aquilo que você poderia ter feito, foi feito, que tudo aquilo que você jamais deveria ter feito foi feito também, enfim, que seu prazo se acabou.
Seus instantes finais seriam de desespero, agonia, de ansiedade e esperança, já que ela é a última que morre...

E assim, com alguns probleminhas pra resolver, eu sentei no auditório e deixei o tempinho que faltava passar.
"O campeão se mostra, na derrota, na força pra lutar quando já cansou", e eu não tinha como fazer mais nada, estava cansado, derrotado e não tinha mais forças pra nada. Que minutos mais intermináveis que se passaram ali...

Daí chegaram os coordenadores e eu fui "fazer sala" e depois o diretor e o vice e eu "fazendo sala", com aquele sorriso sem graça e falso, que é o único que cabe no rosto de quem está nessa situação.
Nessas horas você deveria ter a tranquilidade e a racionalidade de pensar no tanto que se ensaiou, no tanto que se tentou, que se buscou, no tanto que se bateu cabeça e no quanto isso deve ter algum tipo de influência naquilo que se faz.
Mas não, você só pensa no pior, mesmo apesar de torcer contra ele.

E o tempo passou e a hora chegou.
Confesso que já não tinha mais sentimentos de dúvidas sobre nada quando fui lá pra frente.
A cabeça da gente é assim, quando tem trabalho a realizar esquece os sentimentos e as emoções.
E eu fui!
Vazio, como sabe Deus o que.
Nem ao menos o texto, que eu tinha escrito, eu não havia dado conta de dar razão pra que ele fosse pronunciado.
Falei como quem faz um discurso sobre a influência da Arte Moderna sobre as aves que sobrevoam o Kazaquistão em dezembro, pra um bando de sacos de cimento...
Perdido...
Vago...
Sem rumo...
Sem crença...
Sem descrença...
Sem nada na cabeça...

E quando a peça começou, aquilo tudo de que eu tanto havia repetido, aquilo tudo pelo qual nós tanto brigamos foi sendo jogado pra fora, exatamente ou melhor que aquilo que a gente esperava. Todo aquele trabalho, todo aquele esforço, foram sendo atirados sobre o público. E eu mantendo minha cabeça firme e convicta de que tudo tinha que funcionar pra que não ocorresse o que eu mais temia: o fiasco.

Assim, com jeito, emoção, fluidez, e magia, vocês foram tomando o público pra si. Como eu jamais tinha visto naquele grupo, naquele auditório, naquela escola, em qualquer teatro que eu já tivesse assistido, como em nada daquilo que eu conhecera antes.
Era mágica mesmo, daquela que surpreende sem ser magnífica, que ganha sem ser extraordinária, que é mágica por fazer de tão pouco, tanto.

E quando deu de acabar, lá pra depois da festa da Padroeira de Nordestina, eu já estava sentindo que estava tudo tão alinhado, tudo tão perfeito, tudo tão mágico, que só me restava esperar o fim.
E eu ainda lembrei que haviam coisas em cena que deixariam o público boquiaberto.
E assim foi.
Na troca do Kinho com o Túlio, foi simplesmente de arrepiar que as pessoas só começaram a falar "-Ouxiii!!!" depois que o Kinho começou seu texto, e ali deu pra ver que quem já estava boquiaberto, simplesmente se encantou de vez.
E, em um tiro de misericórdia, como quem dá um bouquet de flores pra mulher mais feliz do mundo, a gente ainda jogou aquelas bolinhas de sabão lá, e então...

Arrepios, sorrisos gostosos e sinceros, olhares de pais encantados, aplausos e sonhos realizados.

Angústia, ansiedade, nervosismo e caos transformados em alegria.

Alegria explosiva no abraço da Lívia, acompanhado por um berro meu que graças a Deus foi abafado pelos aplausos...

E eu virei ilha...

Como quem se perde dentro de sua própria cabeça, em seus próprios sonhos realizados, em seu fascínio, em sua felicidade, gratidão e fé...

Só que daí eu perdi uma chance magnífica de agradecer, à todos, lá na frente, por tudo...

Eu, simplesmente, me perdi...

Embasbacado, flutuando e viajando em devaneios, recebi congratulações de sabe Deus quem, com sabe Deus que cara...

E não dei graças aos céus por me rodear de pessoas tão magníficas...

Falhei, feio, mas não sem razão, estava encantado demais.

Queria ter agradecido à cada um, principalmente à Lívia, até porque ela foi a principal responsável por termos feito o que fizemos ontem.

Queria ter agradecido a Deus, por me dar a força que eu precisava e que eu achava que não tinha.

Queria agradecer à cada um que se encontrava ali dentro, de coração, por acreditar que ainda podemos realizar mais que aquilo que realizamos sempre.

Queria ter agradecido a tanta gente que jamais teria como.
Tudo porque estava encantado demais.
E se eu, que assisti tantas vezes aqueles ensaios, que estava com falas decoradas e a peça na cabeça, estava encantado, imagino o público...
Saíram de lá nas nuvens...
E eu fiquei nelas...

Ainda mais depois que a Cláudia e a Yanne me abraçaram chorando...

Fui...

Vaguei...

Esqueci de tudo...

Ter que segurar a emoção e não ter ido lá pra trás dar um abraço de cinco minutos em cada um foi simplesmente uma dificuldade.
Tive que sobrepor a emoção com a razão de quem manda engolir um sanduíche e se arrumar pra começar tudo de novo.
Meu coração queria explodir, mas tinha que dar conta, até porque o maior problema que teríamos, seria repetir tudo de novo.

Que não seria da mesma forma, isso eu já tinha certeza.
Beirar a perfeição não é coisa que se faz assim, a torto e a direito, quando e quantas vezes se deseja.
Mas o que não podia acontecer era deixar que a energia caísse, e graças a Deus ela não caiu.

A receita estava lá, mesmos ingredientes, mesmas medidas, mesma forma de preparo, só que não ocorreu o milagre.
Não se culpem por isso.
Não se ofendam.
Só não aconteceu, mas não decepcionou, e isso basta, principalmente depois do que ocorreu na primeira apresentação, certamente basta.

E a segunda apresentação acabou e eu tinha certeza que daí podia colocar o meu filme, vagabundo,
simples,
dificultado ao máximo pelo meu pc,
mas sincero,
muito verdadeiro
e de agradecimento,
como deveria ser.

E a vocês, que dali em diante só queriam mesmo era chorar de alegria por ver que tudo havia dado certo, eu dei o motivo.
E vocês se esbaldaram,
fizeram e aconteceram,
como quem vence uma guerra com uma flor,
como quem ganha uma vida,
como quem é feliz só pelo fato de existir e de estar rodeado por quem se gosta.

As palavras, idéias e atitudes que têm e devem ficar de tudo isso,
são a crença no trabalho em grupo,
a crença no outro ser humano,
a crença no amor,
a alegria de viver,
de fazer,
de ter um ao outro
e de curtir cada instante como se ele fosse o último,
porque como disse Vinicius:

"que não seja imortal,
posto que é chama,
mas que seja infinito
enquanto dure!"

Ficam aqui o meus mais sinceros agradecimentos à todos, que de uma forma ou de outra tornaram isso possível,
obrigado pela alegria,
pela dedicação,
pela crença
e pela gratidão.

Um beijo enorme pra todos...

Que venha 2008!!!
E que ele seja tão ou mais difícil que 2007!!!

Viva a vida!!!

Magia...

Depois de 3 meses de muito trabalho,
de muita dedicação e de muito esforço e boa vontade, estreamos.
Mas estrear é coisa que se espera, afinal tanto trabalho seria jogado fora???
A questão é que “estrear”, é coisa que não se faz sempre, da forma como fizemos ontem...
Foi simplesmente magnífico...
Esplêndido...
Mágico...
As palavras se tornam vagas quando tentamos definir...
A primeira apresentação tinha ares de crença, de verdade e de tranquilidade simplesmente impressionantes.
Se pudesse dar uma nota no que foi realizado ontem, durante a nossa estréia, de 0 a 10 eu daria 9,8.
Só não foi perfeito, porque a perfeição é tão incrível, que pouquíssimos podem dizer que já a atingiram, e eu não seria idiota de dizer tal coisa, até porque seria muita falta de modéstia.
Mas foi assim, senão perfeito, próximo.
É até estranho ficar tentando explicar aqui com tantos elogios, porque quem assistiu a segunda apresentação pode até achar que a gente está viajando.
Mas não, essa fórmula é muito fugaz. Da mesma forma que ela vem, surpreende, apaixona e conquista, ela simplesmente evapora, se perde, assim como a bolha de sabão que tanto encanta e imediatamente desaparece diante de nossos olhos.
Então foi essa a nossa história de ontem,
senão perfeita,
porque a perfeição é tão inatingível que nem mesmo Cristo se propôs a citá-la,
senão 100%, porque isso seria absoluto e racional demais,
senão todas as afirmações possíveis que vocês quiserem citar aqui,
senão tudo isso,
certamente,
foi mágica...

domingo, 11 de novembro de 2007

Des-pre-ocupem-se...

Não preocupar!!!
Não pré-ocupar!!!
Ocupados já somos!
Se ocupados já somos, ficarmos ocupados de véspera é besteira!
Porque pré-ocupar é sofrer por antecedência.
Pré-ocupar é ocupar tempo que não temos, com coisas que ainda não passamos!
Então desocupem-se da antecedência da ocupação desnecessária!

Minha alegria agora é brincar com palavras!
Brincadeiras infantis? Idiotas? Geniais?
Passatempos!
Como se eu necessitasse deles!
Mas não se pré-ocupem comigo!
To bem!
Só não to querendo perder idéias!
E reativar o blog!

Verbos

Ver...
Ver, sorrir,
Ver, conhecer,
Lembrar,

Ver, pensar, sorrir, entender
Ver, sorrir, sorrir, sentir
Rever, sorrir, sentir, sentir, sentir
Sorrir, pensar, sentir, querer
Rever, sorrir, sentir, sorrir, amar
Amar...
Amar, rever, sorrir, amar, amar, amar
Ter...

Amar, amar, amar,
Possuir,
Amar, possuir, ter, amar, sufocar
Amar, possuir, ter, sufocar, querer, perder
Amar, sentir, sofrer, calar
Amar, sofrer, sofrer, sentir, querer

Amar, odiar, decepcionar, odiar
Odiar, maldizer, sofrer, odiar, amar
Odiar, sofrer, sofrer, sofrer, sofrer
Esquecer, sofrer, sofrer, esquecer
Esquecer, sofrer, esquecer, doer...

Esquecer, esquecer, sofrer,
Esquecer...
Esquecer...
Esquecer...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Metades...

"Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim"
Teatro Mágico

É...
Metades de mim
se apavoram
e se perdem em minhas falas
sentidas, sofridas e acertadas!

Elas sabem o que têm a fazer,
talvez não saibam como...
Mas o tempo,
senhor de todas as coisas,
contará à elas!

Tenham paciência!
Vocês não me decepcionam nunca!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Perdendo-se em palavras e pensamentos vãos...

Quem quer tudo???
Eu quero tudo, o tempo todo!

Quem quer tudo???

Quem não quer???

Quem quer perder?
Quem quer?
Quem gosta???

Dizem que o bem sempre vence
Então somos todos do bem
Afinal quem vai falar mal de si próprio?

Quem quer tirar a máscara e se mostrar monstro
Tal qual é, e faz questão de esconder?
Quem quer tudo...

Quem se acostumou a ter tudo
Nunca se contenta com menos
Quem tem tudo
Sempre só quer ter tudo
E tem
Só que não sabe ter
E se lambuza
E se atrapalha
E sempre se dá mal
Porque não é do bem
E o bem sempre vence
Mas quem é do mal?
Quem quer?
Quem quer tudo, óbvio!

Pensamentos puros...

"O infinito, pra mim, não passa de um oito deitado!"

domingo, 4 de novembro de 2007

Segura o poste, ou o "ABC" da Máquina

Né Juh?!?!?
Porque foi a Juh que um dia reclamou dos postes de texto que eu escrevo “de vez em sempre”.
Mas eu,
(- criatura cômica, engraçado até quando eu não quero ser, até quando eu coloco pra fora meus sentimentos mais profundos;
- criatura sentimentalóide, que se perde em relações sentimentais que às vezes beiram a idiotice, com ausência total da racionalidade e predominância do amor quase incondicional e irrestrito;
- criatura organizacional, que tem uma capacidade impressionante de realizar através da liderança de grupos e da vontade inabalável do fazer, que cria, inventa, empurra, insiste e apresenta, sempre, mesmo que não esteja 100%;
- criatura supreendente, que é poço de surpresa, pra todos, inclusive pra mim mesmo.)
não sei me comunicar de outra forma que não seja assim, falando muito, porque acho que a “palavra” pode atingir uns por um caminho e outros por outro, então eu prefiro errar pelo excesso que pela falta.
E eu sei o quanto é necessário que vocês leiam, e se pra que vocês leiam precisa ser interessante, certamente não há nada mais interessante falar de nós mesmos, daquilo que as pessoas sentem, pensam e percebem de nós.
Então lá vai:

1º ) Da peça:
A peça parece funcionar, eu simplesmente perdi um pouco do discernimento dessa situação por conta do tanto que eu estou cansado, do tanto que eu estou pressionado, do tanto que eu fico envolvido em todos os aspectos. O texto foi idéia da Lívia, que sempre me coloca nessas enrascadas e que eu sempre agradeço, afinal fazer o fácil é uma coisa que qualquer um tem tranqüilidade e possibilidade de realizar, mas bater cabeça é uma coisa que sempre faz a gente crescer, e eu sempre cresço com tudo isso, e muito. As soluções que criamos estão me surpreendendo, não sei se por conta da minha cabeça vazia ou porque elas estão arrebentando mesmo. A situação de ter tanta gente em cena é um desafio constante e eu acho que às vezes peco, ainda mais por não estar tendo a tranqüilidade necessária pra observar cada um, em todos os seus detalhes. O palco novo dá uma visibilidade e uma variação de planos que ficaram, no mínimo, interessantes, não sei se vai dar tempo de perceber e aproveitar todas essas novas possibilidades. Vocês estão fazendo de tudo pra me dar a tranqüilidade que eu preciso pra pensar (exceto nos momentos que não pode brincar e vocês metem o pé na jaca, e eu me acabo de tanto berrar e ficar puto! Mas passa...). Obrigado por ajudar e obrigado por entender e fazer de conta que não tem nada eu aprontar o que eu apronto.

2º) De vocês todos:

a) A Aninha tem se mostrado apagadinha ultimamente. Precisa lutar contra sua timidez pra não cair na mesmice do Lucas e do João. Tem que se mostrar mais, tem que se arriscar mais, tem que começar a pensar que é falando que a gente solta a criatividade que está dentro da gente. Não aparece na peça, não porque não queira, mas também não lutou muito para aparecer. Pode mais e ano que vem vai ser colocada à prova. Torço por você!!!

b) O Caio pode mais, eu já percebi e falei com a Lívia: -A gente sub-aproveita o Caio! Ele precisa “treinar” mais, pra poder colocar pra fora o que ele pode, mas antes, ele tem que saber realmente, se ele quer. Parece deslocado em alguns momentos, mas é compenetrado e constante como poucos conseguem ser. Vamos nessa, ano que vem quero ver mais, vou dar mais chances, mas vou cobrar mais, resolva-se...

c) A Érica surpreende sempre, porque é tão tímida, tão quieta, que eu acho que pra ela, estar ali, já é muito. E certamente todos vocês percebem que ela não está ali só de corpo presente. Se ela quiser mesmo, se ela se entregar ainda mais, pode render ainda mais e surpreender muito, tanto a ela própria, quanto a todos nós. Poderia ir muito mais longe se tivesse tido mais tempo de teatro (como por exemplo os 4 anos da Ranny). Sem especular muito, pode arrebentar ainda mais ano que vem.

d) A Gabriela é encantada e encantadora, acredito que pode muito, precisa “treinar” pra chegar lá. Ela é linda, tem uma figura forte e um rostinho marcante. Atua dentro de uma naturalidade que marca e tranqüiliza, quero ver se com o tempo vai encarar bem os desafios que serão propostos.

e) A Isadora tem que resolver o que ela quer, o que ela precisa, o que dá prazer e o que está atormentando ela. Sabe estar em cena, tem presença, tem uma figura interessante, mas sempre parece não querer fazer o que está fazendo. Sabe muito, é muito boa em tudo o que se propõe a fazer, só tem que resolver se quer.

f) O João apresenta algo dos problemas do Lucas, ele é sempre Lucas (ou melhor, João!!!). Pode muito se, primeiro, começar a encarar a sua timidez. A lentidão que eu pedi para o personagem dele tem a cara de povo de roça, que não tem o que fazer na vida e por isso é tranqüilo, mas em compensação eu acho que nunca vi o João se preocupar com nada. É sério, encara seus desafios com tranqüilidade, não superestima nem subestima sua participação na peça.

g) A Juh tinha que ter aproveitado pra ter mais tempo no teatro (-É uma pena!). É igual a mim, lenta pra digerir o que se deseja, mas é certeza chega lá. Sempre acreditei nela. É calada demais, mas também não me preocupa em momento algum, simplesmente acontece da forma que tem que acontecer, não aconteceu ainda na peça, mas vai.

h) A Khristal me decepciona sempre que o assunto não é comédia, mas eu vejo que ela se esforça, se eu falar que não está bom, ela se esforça, na boa. Tem presença garantida porque tem mais presença, física, psicológica e de personalidade que qualquer outro do grupo. Pode muito, só tem que aprender a aproveitar de sua situação.
i) O Kinho sempre me surpreende, supera muitos do grupo que estão ali há um tempo. Chegou agora, não teve medo do que estava se propondo a fazer e sempre que é solicitado atende rápido e tranqüilo. As preocupações do grupo (principalmente da Lívia) em relação ao texto estão se apaziguando. Independente do que esteja fazendo, continue, ainda não acabou e só vai acabar bem se você continuar a levar o espetáculo como você está levando.

j) O Leonardo (Sidinha) é, em alguns momentos, dominado por uma falta de maturidade (que é natural da idade dele) que provoca ira dentro do grupo, porém é versátil e esperto, pega rápido o que tem que pegar e desenvolve bem. Cria muito quando o assunto é corpo e expressão, porém ainda não encontrou o seu personagem da TV. Se não encontrar, nem tem problema, não se acerta sempre!!! Fica frio!

l) A Lia promete muito no grupo, tem uma percepção “da figura que é” que poucos dentro do grupo têm, e isso ela não aprendeu com a gente, já vem dela. É tranqüila em cena, não se desespera em momento algum e tem uma habilidade de se comunicar em cena que simplesmente é diferencial. Não foi à toa que eu a coloquei pra fazer o texto que ela fala depois do enterro (Isso perturba e incomoda quando a gente é pego de surpresa. Já encarou bem o primeiro desafio, acredite!).

m) O Lucas não surpreende nem desafina, só que não faz nada pra não ser óbvio. Às vezes é preciso encarar as coisas de outro jeito, recados são dados o tempo todo, de todos os lados, de todas as pessoas. Se você não pode ser mais do que já é, não se preocupe, você já é muito, principalmente comparado ao que você era. A gente cresce devagar e aos poucos, não existem rompantes, não existem saltos, vá com calma (com a gente e com você mesmo), você pode nunca chegar àquilo que a gente queria, mas seu limite é você quem dita e se você percebe que está colocando esse limite mais distante que ele era, isso já é ganho.

n) A Natália está muito bem na luz, em pouquíssimos momentos apresenta falha ou desatenção, até o dia da apresentação, certamente vai estar tinindo. É a “mineirinha” vai comendo quieta, no cantinho dela, passa despercebida (e é isso mesmo que ela precisa fazer!) e tem muito chão ainda pra aprender dentro do grupo.

o) O Rafael está se esforçando, por menos que vocês percebam (afinal vocês estão de fora e não podem ver), mas como ele ainda é novinho, de vez em quando esquece algumas coisas, mas é de suma importância que ele esteja ali, afinal pode aprender muito e ajudar ainda mais no futuro, só vai depender dele.

p) A Ranny está maravilhosamente bem, preocupa-se demais com a concentração e quer sentir “muito”, o que está fazendo. Isso me preocupa e, ao mesmo tempo me enche de orgulho. Aprendeu muito, sabe muito, pode se arriscar muito mais em outros papéis novos ano que vem.

q) O Sérgio me preocupa, nem sei mesmo se ele me preocupa mais ou se é a Cristiane que me estressa quando o assunto é o Sérgio. Em cena ele é tranqüilo, só que tal qual a Khristal tem se mostrado figura mais interessante quando o assunto é comédia. Pode aprender e aproveitar muito das outras situações possíveis que o grupo pode proporcionar, mas tem que se ligar nessa sua preferência pelo pastelão.

r) A Taísa perdeu o tempo dela no teatro. Poderia ter aproveitado muito, sei das dificuldades e das limitações de morar longe e de ser filho de funcionário da escola, isso judia mesmo. Mas, tem presença tranqüila no som, percebe, entende e executa sua ação de forma perfeita. Está lá também não é à toa né. Precisa ser assim e a Lívia percebeu isso dela bem mais rápido que eu.

s) A Tayanne é tranqüila demais, tem horas que parece que faz teatro há mais de 3 anos, sobe no palco na boa, encara desafios na boa, pega as coisas pequenas e as trata com a sutileza que devem ser tratadas, sem ficar preocupada se vai ser sub-aproveitada ou não. Pode crescer muito mesmo, se resolver se entregar mais, (são raríssimas, mas ocorrem) às vezes parece distante, de nós e do que está fazendo.

t) O Tobias sempre surpreende, ele tem tudo pra ficar em casa quieto, mas resolveu encarar a luta. E sabe vence-la, aprende rápido e por isso arrebenta sempre. Tem uma personalidade brincalhona e infantil, porém não a deixa interferir nos momentos de criação. Criatividade essa inclusive que ele leva adiante e que é muito bem vinda, principalmente porque nem era pra ter falas na peça (pouquíssimas, assim como a maioria), porém criou, inventou, fuçou e achou um jeito de introduzir um tanto de coisas. É exemplo pra quem ficou reclamando do que não tinha. Faça ter!

u) O negócio do Túlio nem é teatro, nem é sentir, nem é atuar ou criar personagens. O negócio dele é criar. E se tudo o que eu disse que não é negócio dele ele realiza maravilhosamente bem, criar então vai ser o norte da vida dele. Mora dentro do meu coração e tem muito daquilo que a gente sonha em ser, que a gente sonha em ter por perto e daquilo que todos vocês adoram. Sabe como ninguém ser líder dentro do grupo, pode continuar assim Magrelo.

v) O Leonardo está junto, fica lá, se diverte, interfere, ensina e aprende, nem sei se aprende o que presta ou o que não presta, mas acho que vai levar consigo uma experiência maravilhosa pra vida profissional dele: um teatro de escola que funciona!

x) A Lívia me aporrinha, ela me leva a loucura, ela viaja, ela sonha, ela apela, ela xinga, ela reclama de vocês como se eu fosse o responsável único por cada um. 95% do que eu tenho apresentado de cansaço e de stress se deve a ela. Eu fico tentando apaziguar o coração dela enquanto o meu queima e ferve nos fluidos irados que saem dela. Mas é meu garfo, se não me espetar eu não saio do lugar. Se não me empurrar eu empaco. Se não me alfinetar o tempo todo eu não faço o que eu posso fazer. A gente se completa, sabemos disso e lidamos com isso de forma extremamente harmônica.

z) Eu estou cansado, fudido, mal pago (em todos os sentidos), fico triste, carrego o mundo nas costas, sofro, peno, puxo responsabilidades demais pra cima de mim mesmo, exagero, mas se não for assim, sei que me acomodo, que não rendo o que posso render. Organizo mais que propriamente faço teatro, realizo, a mim, a vocês e a peça, se Deus quiser e Ele quer, estaremos arrebentando semana que vem. Obrigado por acreditarem em mim, obrigado por me deixarem fazer o que faço com vocês, posso não acertar sempre, mas tenho sempre a tranqüilidade de, se errar, errar tentando acertar.
Que venha a Máquina, pra estraçalhar meu peito, com veia saindo, sentimento sentido, osso voando e palmas ecoando por aquele auditório que é onde a gente mora e vive.
Amém!!!